Inteligência emocional em tempos de crise: como trabalhar isso dentro das empresas?

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Data de publicação: 15/05/2020

Quando se fala em crise, o cérebro remete a situações de estresse em que terá  de pensar além, “fora da caixinha” e sair da zona de conforto. Até porque, a crise foge do  controle por depender de fatores externos para que tudo se resolva.

Ao sair da zona de conforto e pensar nas possibilidades para encontrar saídas para os problemas, as emoções podem ser frustradas, pois são norteadas pelo medo, insegurança, estresse e ansiedade. Imagine só, em uma organização, onde todos os profissionais trazem dentro de sua mente: crise. O que fazer?

Tem sido um desafio para as empresas manter a equipe produtiva nesse momento de pandemia, visto que o desempenho muitas vezes é afetado pela insegurança gerada, principalmente quanto à garantia do emprego.

Uma das principais premissas para essa situação é transparência e verdade. É preciso deixar clara todas as medidas adotadas e manter a equipe de gestores informada sobre as decisões, pois eles são fundamentais na disseminação de informação para trazer o clima de segurança para dentro da instituição.

Além disso, manter a equipe orientada quanto à busca de informações verdadeiras, adotar as medidas de saúde e segurança propostas pelos órgãos regulamentadores e evitar qualquer situação que possa propagar “terrorismo organizacional”.Pois, para muitos, isso vai passar, mas para outros, tratar isso de forma emocional e psicológica pode durar mais tempo.

É fundamental fornecer aos colaboradores de informações que fortaleçam e alimentem sua saúde emocional, e ainda, orientá-los para que usem a inteligência emocional para si, para com a equipe e com a empresa, a crise vai passar e queremos que os profissionais permaneçam!

 

Inteligência Emocional

 

 

Muitas vezes as palavras inteligência emocional e autoconhecimento são utilizadas como sinônimos, mas não são. É importante destacar que a inteligência emocional é embasada em quatro pilares e o autoconhecimento está integrado a eles, que são:

  • Autoconhecimento;
  • Gestão das emoções;
  • Empatia;
  • Sociabilidade.

Por isso é fundamental ter um bom nível de autoconhecimento. Através desse ponto é possível sentir e interpretar as próprias emoções. Para que seja possível compreender o que verdadeiramente, as emoções e assim identificar e conectar com outros traços de personalidade para lidar melhor com todo o emocional.

Após esse salto interno é hora de gerenciar as emoções. Nem sempre é possível controlar as emoções diante de uma situação. Mas a boa notícia é que o ser humano é capaz de aprender a controlar as reações.

Por isso, dedique-se em aprimorar seu controle emocional, saber se expressar e controlar as reações, que muitas vezes são automáticas, diante de situações e ainda responder de acordo com cada momento.

Como fazer isso se tornar possível? Use o tempo a seu favor. As atitudes que você toma, muitas vezes, tem impactos na vida dos outros. Ao se dar conta disso ganhe tempo para que o cérebro trabalhe de modo racional, quando em uma situação que não entendeu algo, por exemplo, você não tenha uma atitude exagerada.

Conforme a Escola Conquer ensina, adote algumas medidas simples:

  • Quando não entender algo, peça para a pessoa repetir o que disse, em um tom neutro ou de dúvida;
  • Faça perguntas, enquanto a pessoa responde, pergunte a si mesmo se a reação ríspida realmente vale a pena;
  • Em outras situações, faça pausa para renovar o cérebro (respire fundo, tome um água ou café, faça uma pequena caminhada);
  • Escreva a mensagem ou e-mail, mas não envie e deixe no rascunho. Após alguns minutos análise, leia a mensagem novamente e faça as devidas correções antes de enviar.

 

O terceiro pilar da inteligência emocional é a empatia. As demais pessoas, assim como você, possuem suas próprias emoções e precisam ser respeitadas para uma boa convivência em sociedade.

Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. A gentileza em se preocupar com que o outro faz proporciona surgir relações mais profundas e sinceras.

Ao praticar empatia, é válido destacar que a sua opinião pessoal deve ser apresentada sem julgamentos ou preconceitos. É importante também permitir que a pessoa com quem você está falando tenha a possibilidade de explicar como se sente. Não é preciso concordar com a pessoa, mas compreender é fundamental.  

Depois de passar pelos passos anteriores chegamos a sociabilidade. É como se reuníssemos tudo: o autoconhecimento, controle emocional e empatia, além das coisas que são controláveis e incontroláveis do dia a dia, para colocar em prática.

As habilidades sociais envolvem as capacidades de interagir com o mundo externo, que estão diretamente ligadas a todas as áreas da vida.

Ao longo da vida a sociabilidade é desenvolvida, entretanto é importante praticá-las sempre que as oportunidades aparecerem. Então é o tempo todo, por isso:

Finalize todas suas pendências. Deixe de adiar aquela conversa que julga difícil. É importante resolver seus conflitos e tarefas inacabadas.  Quando coloca os “pingos nos is” todas as suas habilidades sociais vão à prova em uma situação real.

Lide com as emoções envolvidas, para isso é necessário que compreenda todos os lados envolvidos diante de uma situação. Sugira uma conversa tranquila quando os ânimos não estiverem a flor da pele. No final desse papo assegure que todos os envolvidos estejam de acordo sobre o que, de fato, constitui o problema e as prováveis soluções.

A inteligência emocional é um caminho, no qual todo dia é possível aprender e se desenvolver. Praticá-la nem sempre é fácil, mas pode ser simples. Ao embarcar nessa jornada você pode descobrir muitas coisas sobre você e ainda obter resultados superiores às expectativas.

 

Que tal dar o primeiro passo na inteligência mudando os hábitos?

 

Nossa dica de leitura da semana é o livro O Poder do Hábito, escrito por Charles Duhigg, ex-repórter do New York Times.

A representatividade dos hábitos, de modo isolado, pode não ser tão significante assim durante o dia a dia. Entretanto, com um olhar mais atento é possível compreender os impactos que os hábitos causam na saúde, produtividade, estabilidade financeira, felicidade entre outros setores da vida.

Em O Poder do Hábito o autor fala sobre os motivos de que algumas pessoas têm tanta dificuldade em mudar, no entanto, outras parecem conseguir realizar a mudança facilmente.

Charles Duhigg revela um contexto animador aos leitores: entender como os hábitos funcionam reflete diretamente na vida de cada um.

O nosso colaborador Luiz Lima, supervisor de marketing leu o livro e compartilhou sua experiência.

“O livro aborda em diversas experiências reais, os grandes benefícios em pequenas mudanças no cotidiano em prol de um resultado aparentemente inalcançável, de forma semelhante entre si. O hábito precisa de um período padrão para adaptação que exige maior esforço individual, mas após este período, cerca de 90 dias, as ações tornam-se hábitos e passam a ser realizadas de forma automática”.

 Quer saber mais? Embarque nessa leitura, aqui está o link do e-book e livro físico, da Amazon https://bit.ly/dicadeleitura_opoderdohabito